quarta-feira, 7 de março de 2012


O PERDÃO É DOM DE DEUS[1]

·         Pessoas diferentes: histórias, experiências, identidade, CPF, sabores e outros...
·         Maturidade: pessoa ou pessoas que tem “capacidade” de caminhar com as próprias pernas, mas, pedindo ajuda ao irmão que caminha junto comigo, contigo, ou seja, deverá acontecer a reciprocidade do EU + TU = NÓS e/ou SER + MÃO = SERMÃO.
Sabendo cada um de nós, que, somos pessoas diferentes e que precisamos do outro para caminhar comigo, conosco, é necessário que aconteça no cotidiano da comunidade o PERDÃO. E este perdão deverá ser verdadeiro, em que, eu, não espere pelo outro para dar o primeiro passo, mas, que EU seja o primeiro a colaborar neste sentido. Não podemos falar do amor de Deus para as pessoas se não vivemos este amor ou não experimentamos o AMOR = PERDÃO.
É importante que cada um, busque diariamente perceber e sentir, que, a comunidade é o lugar do encontro, de partilha, do projeto de vida, em que, eu mostro para o outro minhas fragilidades e dificuldades, pois, estamos aqui para crescer e ajudar no processo de amadurecimento que somos chamados a viver e experimentar diariamente o perdão, porque futuramente em nome de Deus serão absolvidos muitos pecados, através de cada um.
Se o padre formador ou seminarista tem na cabeça que é perfeito, somente terá frustrações e ressentimentos, porque somos humanos e enquanto existir a humanidade haverá a fragilidade. “quem não tiver pecado atire a primeira pedra”[2]. Não se pode viver ou construir uma comunidade sem experimentar o perdão, a misericórdia de Deus. Perdoar é fácil? Por que guardamos tantas sujeiras dentro de nós? Se temos a plena consciência que somos chamados a estar com e na GRAÇA DE DEUS. Como você sentiria se Deus hoje fechasse as portas para você? Não pediria a Ele uma chance? Faça ao outro aquilo que você gostaria que Deus fizesse com você, com minha comunidade. A melhor coisa na comunidade é perceber que o perdão é o coração da vida da comunidade, assim como a Capela é o coração da Casa e a Vida de Oração é o Alimento do cristão.
Quem perde algo fica satisfeito? Penso que não. Ao encontrar o objeto diz: encontrei o que estava perdido, ou dar aquele grito: achei!. Assim, é, o Perdão. Quem está ferido, magoado deseja ser curado e implora que sua culpa, fragilidade seja reconhecida, ou pelo menos, olhem para mim, me escutem. O perdão deve acontecer diariamente, mas, muitas vezes o orgulho toma conta do meu ser, do nosso ser.  Por muitas vezes e de muitos modos nós impedimos Deus entrar em nossa casa, em nossa(s) vida(s) ou porque não em muitos lugares.
Meus filhos, enquanto o mal permanecer escondido, ele destrói e fragmenta a comunidade. Por isso, é, e se faz necessário a busca do perdão diário, viver(em) reconciliado(s), porque se colocamos em prática esta palavra, nós permitimos e deixamos Deus ser Deus em nós e assim nos revestimos da grande Graça para combater o mal que muitas vezes o homem deixa impregnado em seu corpo. Por acaso não sabes que nosso Corpo é templo do Espírito Santo[3]? Siga meu conselho: leia a Bíblia.
Conviver com o outro é tão chato, mas tão chato que ficamos irritados, mas, a causa de tudo isto, é porque, o outro me faz enxergar em mim aquilo que eu não desejaria. Acontece que, quando eu moro na minha ilha eu sou bom, eu sei amar, eu sei me comunicar com os outros, mas, cada um bem distante de mim, ou seja, eu sou nota dez. Você já parou para pensar: o que os outros pensam de mim? Será aquilo que eu penso?  Quer saber? Conviva que terá a resposta. Conviver com o outro é entrar em um mundo que é do outro, mas, que me pertence, o qual eu faço parte dele, porque descubro novidades, descubro as lojas que há dentro deste mundo real, imaginário, etc. Ei! Você mesmo (nome) já, parou para pensar nos monstros que está ou estão escondidos dentro de nós? Não! Tire a máscara que verá. Jesus de Nazaré olha para Zaqueu e faz o convite: hoje quero estar contigo[4]. O perdão acontece nesta vida, aqui acontece um grande milagre: da Misericórdia para a misericórdia. Zaqueu diz: Senhor, hoje eu vou devolver tudo aquilo que não me pertence, se eu roubei devolverei muito mais. Amadeo Cencini vai dizer: “Há quem erra e quem perdoa, quem tem dificuldade de perdoar e quem não se deixa perdoar ou se aborrece porque existem os misericordiosos; cada um de nós ora é o filho pródigo, ora o irmão mais velho, ora talvez raramente o pai que perdoa”[5]. Que papel você exerce? Para uma boa reflexão a partir do texto[6], aponto umas perguntas que nos ajudarão em nossa intimidade pessoal e comunitária.



REFLETIR
    1.  Você já recebeu alguma vez o perdão?
2.  Perdoar é fácil?
3.  O que impede você dar o primeiro passo?
4.  Como sentiria se Deus não te desse mais uma chance?
5.  Na parábola do filho pródigo que papel você exerce?
6.  O que você faria se hoje fosse seu último dia de vida?
7.  O que gostaria de fazer hoje para apagar de sua memória situações que impedem de você amar os irmãos de comunidade?
8.  Você merece uma chance? E os outros?
9.  Você sabe que uma boa revisão de vida te fará bem?
10.  O perdão é: gesto gratuito, gesto humilde, um novo estilo de vida, perdão é sinceridade. Vire a página e escreva uma nova história de vida.
11.  Escreva a Deus o que gostaria que Ele fizesse hoje para você. Não esqueça de também colaborar.



[1] Texto, elaborado por: Pe. Luíz Benevaldo dos Santos. Formador da Diocese de Pesqueira – PE.
[2] Cf. João 8.
[3] Cf. 1Cor 6,19.
[4] Cf. Luca 19,5.
[5] Viver reconciliados: aspectos psicológicos. São Paulo: Paulinas, 2002. pg.120.
[6] Cf. Lc 15, 11-32.

Nenhum comentário:

Postar um comentário